Não quero saber
De ti, vendaval,
Vento, pecado inocente
Litoral escondido nas tuas costas
O mar...
Em ruínas que se desmonta
E se encaixa,
E se perde,
E se encontra nos beijos
De sal, de cal
De danças exóticas -
Paranóia dos dias adormecidos.
E eu,
Espectadora do refúgio azul
Sem me esconder, encontras-me
Adormecida, ciente
Do cigarro que se evapora no ar
Não.
Não quero saber.
Se soubesse, diria
Que foste talvez o melhor
E, se em tamanha alegria
Te soubesse de cor
Talvez pensasse
Que afinal queria saber.
Não.Barulho, pedra fria.
Chega!
Lágrimas tóxicas
Que me limitam a visão
Não.
Não, não, não!
Prefiro acreditar
Que não quero saber
Do que saber que na algibeira
Está a razão.
O amor quase platónico deve permanecer longe e intocável.
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28 de novembro de 2009
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