Espreita aqui

30 de novembro de 2009

Os Incubus respondem:

O desafio: responder a este questionário com nomes de músicas de um cantor/banda.
Os escolhidos: Incubus
Veremos o que daqui sai.

1. És homem ou mulher? Anna Molly
2. Descreve-te: Circles
3. O que as pessoas acham de ti? Diamonds and Coal
4. Como descreves o teu último relacionamento? Summer Romance
5. Descreve o estado actual da tua relação: A Kiss to Send us Off
6. Onde querias estar agora? Out from Under
7. O que pensas a respeito do amor? Oil and Water
8. Como é a tua vida? Paper Shoes
9. O que pedirias se pudesses ter um só desejo? Quicksand
10. Escreve uma frase sábia: Drive


E pronto... Foi isto. Do it!

A mudança é uma coisa muito estranha.

Gostava de saber o que faz uma pessoa mudar. Será que chega mesmo a mudar? Será que uma pessoa que conhecemos há alguns anos, que de repente se começa a vestir de maneira diferente, a frequentar sítios diferentes, a dar-se com pessoas de quem não gostamos, a falar de uma maneira que não gostamos e a ter atitudes das quais não gostamos, está a expressar, perante tudo e todos, uma mudança acentuada? E se nos sentirmos magoados com essa pessoa, não porque ela nos tenha magoado, não, mas sim porque nos magoou ao mudar, ao não nos deixar mudar com ela, ao não querer ficar no cantinho onde estava? E se tivermos saudades da pessoa que tínhamos connosco e agora deixámos de ter, sem ela sequer se ter ido embora?
Quais são, então, as metamorfoses do eu? Será que as pessoas estão em constante mutação ou nós é que nunca as conhecemos muito bem?

Gostava de saber...

28 de novembro de 2009

?

Diz-me depressa, quem és? Ainda não te conheço e já preciso de ti.

Não quero saber

Não quero saber
De ti, vendaval,
Vento, pecado inocente
Litoral escondido nas tuas costas
O mar...
Em ruínas que se desmonta
E se encaixa,
E se perde,
E se encontra nos beijos
De sal, de cal
De danças exóticas -
Paranóia dos dias adormecidos.
E eu,
Espectadora do refúgio azul
Sem me esconder, encontras-me
Adormecida, ciente
Do cigarro que se evapora no ar
Não.
Não quero saber.
Se soubesse, diria
Que foste talvez o melhor
E, se em tamanha alegria
Te soubesse de cor
Talvez pensasse
Que afinal queria saber.
Não.Barulho, pedra fria.
Chega!
Lágrimas tóxicas
Que me limitam a visão
Não.
Não, não, não!
Prefiro acreditar
Que não quero saber
Do que saber que na algibeira
Está a razão.


O amor quase platónico deve permanecer longe e intocável.

24 de novembro de 2009

A vida do Bambi é uma merda.

A vida do Bambi é uma merda. Começando pelo facto de que este animalzinho mal costurado revela, logo em bebé, uma dificuldade extrema em dar dois passos, podemos verificar a bosta que a sua vida é. A mãe de Bambi, uma louca vadia, é morta sem qualquer razão aparente. Isto faz-nos pensar que, numa perspectiva forense e algo psicológica, a mãe dele estava era farta de o aturar, o que fez com que, numa atitude desesperada, acabasse com a sua própria vida, com a desculpa de "ah e tal, estava a passear na floresta e um caçador deu-me um tiro". Pobre caçador. Um autêntico bode expiatório.
O Bambi estava rodeado de companheiros(as?) estranhos. Um amigo doninha bastante bicha, cujo nome usado nos seus "shows de transformação" era "Flor". Ora, a vida do Bambi só podia ser uma merda, para ele ter com um amigo chamado Flor. Devemos mencionar o outro amigo do Bambi? Um coelho anafado com a mania que é baterista. Até eu tenho vontade de me suicidar, só de pensar na hipótese de ter um amigo daqueles.
Ninguém sabe, mas o Bambi é emo e corta os pulsos ao som de "My heart will go on", da Celine Dion.
A vida do Bambi é mesmo uma merda.



Um pequeno devaneio na aula. O Cenoura deu o título, a Joana entusiasmou-se. 24 de Novembro. PEÇO IMENSA DESCULPA.

22 de novembro de 2009

What the fuck?

Na quinta-feira passada:

Indivíduo A: Gostas de ervilhas escalfadas?
Indivíduo B: Gostava.




Ele há com cada coisa...

20 de novembro de 2009

Tás a ver?



Grande música. Grande melodia, grande vídeo, grande letra. Grande, grande, grande.

"Tás a ver a linha do horizonte? A levitar... A evitar que o céu se desmonte."

8 de novembro de 2009

Vá lá.

Da mesma maneira que quando fechamos os olhos o mundo não desaparece, também quando morremos o mundo não morre connosco. Mudem.




6 de novembro de 2009

As verdades da vida.

Hoje, enquanto trabalhava à porta de um supermercado, na recolha de donativos para ajudar crianças e adolescentes vítimas de maus tratos e de exclusão social, deparei-me com coisas que preferia esquecer.
Uma senhora, já idosa, caminhava com dificuldade quando a abordei, tentando angariar dinheiro. A senhora, que pouco tinha, explicou-me porque é que não podia doar dinheiro, contando-me, por alto, como era a vida dela e como se esforçava todos os dias por sustentar 5 pessoas só com uma pensão e um ordenado. No fim, disse-me, quase emocionada, que eu não poderia imaginar a pena e tristeza que ela sentia por não poder ajudar. Agradeci e desejei um bom dia e boa sorte.
Algumas horas depois, abordo um casal jovem. Ela com uma roupa típica de casamento (até um chapéu tinha!), ele também muito bem vestido, os dois com jeitos e manias de ricos. Quando lhes expliquei o porquê de estarmos a pedir dinheiro, o senhor diz-me "Ah, a minha mulher sim é uma criança vítima de maus tratos! E sou eu que a maltrato!", rindo-se. A senhora, às gargalhadas, disse-me "Ah, querida, não tenho aqui dinheiro". E assim se foram embora, como se estivessem num desfile. Com sorrisos falsos e mais vagos que o ar. Cabeças ocas e fúteis, desprovidas de sensibilidade, boa educação e sensatez.
Isto dá-me que pensar...
Afinal, que tipo de pessoas habitam neste mundo?

P.S.: Não quero, de todo, com este post dizer que todos devemos ajudar, pois, por mim falo, também nego ajuda monetária a maior parte das vezes. Mas, como pessoa educada e ser humano que sou, nunca faria certos comentários nem teria certas atitudes semelhantes às que presenciei hoje. Há pessoas que me dão arrepios.

2 de novembro de 2009

Ora bolas.

Isto de prometer a mim mesma escrever todos os dias no blog não dá com nada. Uma pessoa passa o dia inteiro na faculdade (com uma aula das 8h às 10h e outra aula das 18h às 20h - sim, é muito tempo mesmo), acaba o dia em beleza com Latim, fica 1 hora literalmente parada no meio do trânsito, chega a casa quase à hora da ceia, janta a correr, fica mal-disposta porque comeu depressa demais (a fome apertava), vai passear o cão, perdão, vai ser passeada pelo cão, vê o cocó do cão, apanha o cocó do cão, deita o cocó do cão para o lixo, volta para casa, 10minutos de conversa ao telemóvel, um cigarro à janela e... - pausa para respirar fundo - senta o cu na cadeira a pensar no post que tem de escrever para o blog recém-nascido. Quem disse que a vida era fácil, enganou-se...
E pronto, cá estou eu, com uma vontade imensa de divagar... Tenho o Herberto Hélder a passear na minha cabeça a uma velocidade absurda, tenho um telemóvel que não pára de receber mensagens, tenho tanta coisa e não tenho nada (se eu tivesse dito ao contrário teria sido um momento Floribella - *naúseas*), tenho saudades, cansaço, amor, alegria, tristeza, saudades, recordações, amor, saudades...
Resumindo e baralhando, penso que vocês (será que alguém vem ler isto?) não têm de levar com o meu cansaço de Segunda-Feira à noite e, por isso mesmo, despeço-me com um grande (e gordo) pedido de desculpas por estes meus devaneios.
Prometo que amanhã tento fazer um post decente.
Para compensar esta minha tamanha estupidez, fiquem lá com isto:

Eu gostava de ser fumo
Branco e cinzento, vagueando pelo ar
Saído de um cigarro
Flutuando
Adormecendo no inexistente
No impossível.
Gostava de ser fumo que se despega do que quer,
E vai voando
Dispersando
Livre e audaz.
Da sujidade de um cigarro
Do cheiro do chá calmante
Do calor do fogo posto
Ser fumo e fumegar
Por toda a parte.
Por todo o céu.
Por todo o teu corpo.
Por todo o mundo morto.


J.M.

1 de novembro de 2009

Estou bem-disposta...

E, por isso, tomem lá mais uma prenda. Para pensar. Mas desta vez a sério.

Em todas as almas há coisas secretas cujo segredo é guardado até à morte delas. E são guardadas, mesmo nos momentos mais sinceros, quando nos abismos nos expomos, todos doloridos, num lance de angústia, em face dos amigos mais queridos - porque as palavras que as poderiam traduzir seriam ridículas, mesquinhas, incompreensíveis ao mais perspicaz. Estas coisas são materialmente impossíveis de serem ditas. A própria Natureza as encerrou - não permitindo que a garganta humana pudesse arranjar sons para as exprimir - apenas sons para as caricaturar. E como essas ideias-entranha são as coisas que mais estimamos, falta-nos sempre a coragem de as caricaturar. Daqui os «isolados» que todos nós, os homens, somos. Duas almas que se compreendam inteiramente, que se conheçam, que saibam mutuamente tudo quanto nelas vive - não existem. Nem poderiam existir. No dia em que se compreendessem totalmente - ó ideal dos amorosos! - eu tenho a certeza que se fundiriam numa só. E os corpos morreriam.

Mário de Sá-Carneiro, in 'Cartas a Fernando Pessoa'

First.

Antes demais, olá e muito boa tarde. :)

Depois de almoçar, abdiquei de meia hora da minha preciosa sesta para construir este pequeno cantinho. E porquê? Não sei. O ser humano tem uma necessidade anormal de conversar consigo próprio, mesmo que, na cabeça dele, pense que está a conversar com os outros. Comigo ou com vocês, eu gosto muito de conversar e, visto que o meu outro cantinho estava demasiado parado e "cheio" de lembranças pouco ou nada boas, resolvi criar o "Pausas da vida", para me libertar do "leve peso" de ter um blog parado.

Muito bem-vindos. Aos que vierem e aos que nunca chegarem a vir.

E para mostrar o quão simpática eu sou, deixo-vos aqui uma prenda:


7


"Eu não sou eu nem sou o outro,
Sou qualquer coisa de intermédio:
Pilar da ponte de tédio
Que vai de mim para o Outro."


(Mário de Sá-Carneiro, Fevereiro de 1914)