Espreita aqui

4 de julho de 2010

E assim as sinto a rasgarem-me a alma, poderosas e malévolas, crimes e castigos que o amor sempre traz, escondido na sua capa de suavidade. Ira, ciúme, raiva, três cegos desvendados, alheios, apalpando o terreno, sem nunca cair. E assim te digo, a ti meu amor, o quão cega estou por ti, que já nada vejo à minha volta, senão terras e rumores, fantasias desfocadas de te querer só para mim. Se pudesse - se pudesse e fosse humanamente possível! -, esconder-te-ia num abismo só meu, preso a mim, livre do mundo, amarrado ao nosso amor e amar-te-ia... Até sempre e desde nunca. Só tu e eu.